quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Meu presente de Natal atrasado ^^'


Eu estava no meu sofá, lendo um livro como sempre... Eu estava esperando meu “consorte” chegar em casa... Hoje Jeremy está atrasado. Logo hoje que ele prometeu me levar para fazer as compras de Natal.
Sim, eu sei...
É estranho, mas estamos novamente na época do Natal. Continua sendo minha data favorita do ano, e também a data mais estranha e perigosa do ano para mim. Depois de tudo que aconteceu no natal passado Jeremy veio morar comigo, e não sei dizer o tipo de relação que nós temos, mas o importante é que ele me protege e cuida de mim. Ele deixou o emprego de taxista e abriu uma livraria por mim, então hoje eu não preciso mais comprar livros. Essa época do ano pior para pessoas que tem lojas, pois eles têm que ter muito cuidado com o fluxo de movimento, mas Jeremy sempre da um jeito de chegar cedo em casa. Ele me disse que como não faz muito tempo que eu estive em Panmidgard “banindo” criaturas do mal com a versão mais nova dele eu estaria suscetível a ataques mágicos então ele não gosta de me deixar sozinha...
— Sophie? – ele chegou me chamando.
— Eu? – respondi calma.
— Cheguei! – ele encostou no umbral da porta e sorriu pra mim, ele não precisa saber, mas toda vez que ele da esse sorriso enviesado meu coração vai dar umas voltas e me abandona aqui.
— Que bom! Sinto-me mais segura agora... Você quer alguma coisa pra comer?
— Tem muffin de chocolate com avelã e nozes?
— Nossa você esta especifico hoje...
— Eu te vi comprando chocolate avelãs e nozes.
— Você não deixa escapar nada também... – ele tirou o casaco e veio sentar comigo, ele levantou minhas pernas para sentar e depois as estirou em cima das suas.
— Não quando você faz doces!
— Bom, então vamos comer os muffins e depois vamos às compras de natal, você me prometeu.  eu levantei seguindo para a cozinha
— Tudo bem... Eu te levo, mas você sabe o que eu acho - ele me seguiu para cozinha – Não acho bom você sair assim, foi tudo muito recente e eu quase te perdi...  
Eu me virei de frente pra ele de repente e o abracei. — Mas eu estou aqui e estou bem, e temos que fazer compras!  
— Tudo bem, já que você insiste tanto nós vamos, mas saiba que eu não estou com um bom pressentimento. 
— Tudo bem! Prometo me comportar bem.
— Meu medo não é você – ele mordeu o muffin  Ta gostoso isso aqui! 
— Não fala de boca cheia – eu dei risada! — Vou me arrumar.
Sai da cozinha para o meu quarto para me arrumar, não vou negar que a preocupação do Jeremy me deixou cismada, será que ainda existe algo que possa nos machucar ou nos perseguir? Sem perceber eu levei a minha mão ao ombro que foi ferido naquela noite. 
Enquanto eu escolhia a calça que iria usar um vento forte atravessou o quarto e uma sensação estranha passou por mim e eu fiquei com medo de olhar em volta. Um frio descomunal começou a invadir meu quarto e eu fiquei assustada eu estava prestes a me esconder dentro do armário quando eu ouvi a voz de Jeremy me chamando e batendo na porta  
— Não tenha medo. – ouvi uma voz grave muito calma, segura e um pouco aflita — Abra a porta para seu consorte.
Eu não virei para ver de quem era a voz, apenas fiz o que a voz pediu, abri a porta e dei de frente com um Jeremy assustado que me abraçou protetoramente, seus olhos azuis acinzentados estavam mais escuros que o normal, e ele me virou aos poucos para que eu vesse a quem aquela voz pertencia.
Eu simplesmente não pude acreditar no que eu via, um enorme lobo prateado com alguns pelos azulados nos encarava com uma cara triste que partiu meu coração.
— Eu preciso da ajuda de vocês. – ele nos fitava triste — O Claus, ele sumiu! Tenho certeza que alguém o sequestrou e amanhã é natal, eu sou só o espírito do inverno eu não posso conduzir o trenó, os elfos estão fazendo a busca por ele, mas tenho certeza que não vão encontra-lo a tempo... No outro hemisfério já é quase natal.
— E o que nós podemos fazer? – eu perguntei aflita querendo ajudar
— Jeremy é o único ser humano que já andou no trenó do Claus, e só um humano pode conduzir esse trenó, os gnomos e duendes ajudantes não tem força para guiar.
— Então você quer que eu seja “Papai Noel” por um dia? – ele perguntou com a voz cautelosa
— Sim!
— Você entende o tamanho da responsabilidade que você está me pedindo pra assumir?
— Nós não temos mais a quem recorrer – o lobo olhava suplicante.
— É perigoso demais me afastar da Sophie essa época. – o lobo me olhou e eu devolvi o olhar triste.
— Ela pode ir com você, eu vim pedir ajuda a vocês dois, e se você quiser eu posso permanecer por perto para protegê-la
— Ajuda ele Jeremy. – eu pedi — Não podemos deixar que o natal não aconteça – minha voz era suplicante.
— Tinha que tocar logo no ponto fraco dela não é? – ele encarava o lobo.
— Por favor Jeremy.
— Tudo bem! Nós vamos te ajudar – ele disse olhando para o lobo. — E você... – ele apontou pra mim! — Coloca aquele vestido de inverno que eu te dei! Vamos lobo! Vamos deixar ela se trocar.
— Meu nome é Firenzie. – O lobo falou calmo
Ele saiu do quarto acompanhado do lobo e eu fui fechar a porta e eu pude ouvir Firenzie dizer ao Jeremy “E ela é o seu ponto fraco!” depois de uma respiração profunda ele respondeu “Sim, ela é” e eu quase dei piruetas no meu quarto, mas eu tinha que me apressar, coloquei o vestido que Jeremy tinha me dado ele era vermelho com pelúcia preta nas extremidades, e uma bota branca e meias 1/8 pretas para não ficar com frio nas pernas e fui pra sala onde encontrei os  dois sentados na sala.
— Vamos?
Jeremy me encarava sorrindo — Você está bonita.
— Obrigada – senti minhas bochechas corarem.
— Estão prontos? – Firenzie nos perguntou e nós assentimos então o lobo soprou um vento gelado e de repente nós sentimos uma sensação que há muito não sentíamos, aquela sensação do “mini-tornado” e depois disso sabia que já estava bem longe de casa.
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Quando chegamos a Panmidgard vi que Jeremy não estava mais com o aspecto de um homem de 28 anos, e sim um cara de 21, seus traços suavizaram e depois de um ano pude ver aquele menino sério e calmo que me ajudou a voltar pra casa e optou por ficar ao meu lado.
— Vamos... Nós não temos tempo – o lobo correu para a nossa direita, e quando viramos nós vimos um grande castelo que me deu até tontura de olhar para cima, Jeremy segurou minha mãe e nós seguimos por uma ponte para alcançá-lo.
Enquanto nós andávamos uma fina camada de flocos de neve caiam a nossa volta, e fumaça saia de nossa boca, mas quando entramos no castelo nós sentimos um calor aconchegante, uma sensação de lareira e caneca de chocolate quente.
— Sigam-me vamos para a garagem!
Jeremy me olhou e pronunciou sem voz “Garagem?” eu ri e seguimos ele, e quando entramos lá nós vimos um grande trenó vermelho e doze pessoas sentadas, brincando e conversando, quando chegamos mais perto vi que aquelas pessoas tinham chifres
— Jeremy – sussurrei — as renas são pessoas?
— A ultima vez que eu vi eles tinham quatro patas... – ele sussurrou de volta
— Nós somos metamorfos, mudamos de formas, mas mantemos algumas das nossas características de renas... Como uma boa audição. – uma moça dos longos cabelos  castanhos e olhos brilhantes me disse com um sotaque francês — Muito prazer meu nome é Dancer
— Prazer Dancer, eu sou Sophie. – Eu estendi pra mão para ela.
— Eu sou Jeremy – ele apertou a mão dele.
— Oi bonitão – Disse uma outra rena menina — Sou a Vixen  - a rena ousada disse para o Jeremy — Oi bonitinha – ela me cumprimento também — Espero que vocês não tenham nenhum tipo de relação.
— Vixen! – um dos cabelos loiros e roupas mais sócias falou — Isso é falta de educação – percebi um leve assento britânico na sua voz. — Prazer, meu nome é Prancer.
— Ele tem razão – uma rena que fumava disse — Eu sou o Donder. E esta na hora de sair pra começar a entrega, mas antes alguns avisos: Durante a entrega somos atacados por espíritos do caos e criaturas que gostam de nos furtar, também sofremos por lugares que tem um miasma mais pesado que outros e quando viramos renas precisamos totalmente de um bom condutor porque nós já temos que evitar que os espíritos malignos envolvam o trenó, ou seja temos nossas próprias batalhas. Então vamos.
— Você vai me ajudar a proteger a Sophie não é? – Jeremy perguntou para Firenzie.
— Eu te dei a minha palavra. – Firenzie respondeu sério.
— Então vamos!
As renas começaram o processo de transformação que ao meu ver parecia meio doloroso, mas ao final eles eram renas brilhantes e bem cuidadas indo caba uma para suas baias para alçar voo. Firenzie subiu no trenó e depois Jeremy me ajudou a subir também, e então tomou as redias e depois aos poucos fomos alçando voo cruzando noite estrelada.
— Sophie é melhor você se segurar... – Jeremy me advertiu e eu me posicionei melhor entre ele e o lobo dos pelos prateados. Com um movimento rápido de mão as renas aceleraram e em poucos minutos nós ganhamos o céu.
Fizemos a entrega primeiro no hemisfério norte e estava tudo correndo bem – tirando os miasmas e alguns ataques ocasionais que Donder havia mencionado – até que nós recebemos uma mensagem dos elfos dizendo que tinham encontrado o Claus e nos passando a localização dele para que fossemos ajuda-lo já que eles não poderiam entrar no território da “coisa” que estava o prendendo e  pra completar eles disseram que ele estava correndo risco de vida
— Nós temos tempo Donder? – Jeremy gritou perguntando a rena e ele soltou um bufar de concordância. — Então vamos atrás do Claus. – mais um movimento das mão de Jeremy e nossa carona inclinou para esquerda seguindo para o vale morto
— Jeremy... Claus não é imortal? – eu perguntei me baseando nas lendas do meu mundo.
— Sim, mas uma “criatura” mágica como ele pode ser erradicada por outra mais poderosa.
— Ou seja... O Papai Noel pode morrer? – falei com a voz meio desesperada.
— Sim! – ele disse tenso
Nós fomos nos aproximando da floresta morta, e quanto mais perto estávamos, mais o miasma nos atingia com força, eu estava me sentido totalmente enjoada e queria vomitar, Jeremy ao meu lado estava se segurando pra se manter forte e Firenzie estava com os pelos todos eriçados e seus dentes estavam trincados ele estava pronto pra atacar a qualquer momento, eu estava ficando com medo, mas isso piorou quando eu senti que Donder começou a guiar as outras renas em uma descida sem escalas, era se como alguém tivesse laçado seu pescoço e puxado para baixo por uma força invisível, nós descíamos numa velocidade vertiginosa, eras mil vezes pior que uma montanha russa demoníaca, eu senti os braços de Jeremy me puxando para ficar no seu colo e eu me agarrei ao seu pescoço sem coragem de olhar para baixo, meu estomago revirava loucamente quando senti o impacto do trenó batendo no chão que nós impulsionou pelos ares. Quando caímos eu senti uma dor fina e aguda no meu ombro, parecia que ele estava queimando, a dor me cegou eu senti uma mão me puxando, e minha dor piorando então  tudo ficou preto...

Jeremy:
Quando caímos eu senti o corpo de Sophie escapar dos meus braços, isso me desesperou, quando rolei no chão para tentar levantar vi alguém puxando ela, e ela estava desnorteada e com cara de dor, não consegui ver o rosto de quem estava levando-a então comecei a cambalear em sua direção mesmo ainda estando desnorteado.
— Sophieeeee – eu gritei e ela pareceu confusa — Sophieeeeeeee...
Quem estava puxando-a estava todo de preto e tinha um longo cabelo que me impossibilitou de ver seu rosto, ele puxou ela para o colo e saiu correndo.
— NÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOO – eu gritava — FIRENZIE A SOPHIE, VÁ AJUDA-LA – comecei a correr em direção a ela olhei para o lado e vi que o lobo estava desacordado e quando olhei para direção dela ela havia sumido — NÃÃÃÃÃÃOOOOOOO.
Senti uma mão no meu ombro e vi que Vixen me segurava — Se acalma bonitão, nervoso assim você não vai conseguir ajudar a sua pequena. Eu consigo sentir o poder do Claus e levaram ela na mesma direção. Nós vamos conseguir encontra-la, mas agora nós todos precisamos nos recuperar dessa queda. A sua testa está sangrando e assim você não vai conseguir seguir em frente e salvar a Sophie.
— Ela tem razão – era a voz de Prancer concordando com ela — Olha que eu não costumo dizer que a Vixen tem razão.
Olhei em volta e vi que todos ali estavam machucados, Vixen tinha um olho roxo e o canto da boca cortado, Prancer estava com a roupa rasgada e vários cortes pelos braços e eu olha os outros estavam com todos os tipos variados de ferimentos.
— Vocês tem razão – segui na direção de Firenzie — Vamos nos preparar antes de ir atrás deles. – peguei o lobo no colo e junto as renas pegamos o trenó e procuramos um lugar seguro para cuidar dos nossos ferimentos e nos preparar.
Sophie:
Ouvi a voz de Jeremy me chamando ao longe e me debati, mas senti meu corpo sendo imobilizado e sendo erguido e carregado.
— Quem é você? – perguntei com a voz carregada de dor, mas não obtive resposta então comecei a chorar baixinho, a pessoa que me carregava exalava medo, parece que a sua presença me causava mais dor e náuseas, mas eu já podia enxergar o seu rosto. Era um homem de feições bonitas e frias, mas olhar para ele era como estar enfiando uma faca na própria mão, seus olhos eram vermelho como um mar de sangue que só trazia o caos, eu queria sair de perto dele, mas estava sem força para lutar, estava me sentindo como se meu corpo estivesse sem vida.
Eu não vi quando e como, mas nós tínhamos chegado a quarto e eu fui lançada em cima de uma cama,
— Você está me causando problemas a algum tempo garotinha – ele me disse, a voz dele era como receber uma chuva de cacos de vidro — Faz um ano que essa sua aura de esperança está atrapalhando meus planos de ter a alma de Panmidgard nas minhas mãos.
— O que você quer de mim? – perguntei
— Sua morte, vou sugar toda a sua vitalidade aos poucos – ele sorria pra mim e meu ombro doía — Essa sua dor no ombro, foi obra minha – ele chegou mais próximo a mim e pousou a mão sobre o ombro que recebeu a flecha envenenada e a dor que eu senti foi descomunal, eu me contorcia em cima da cama e gritava de dor enquanto lagrimas de dor saiam do meu rosto — Você não faz ideia como eu me sinto bem com a sua dor.
— Você é um monstro – gemi baixinho de dor. E ele me levantou por um pulso deixando meu rosto na altura do dele.
— Eu sei. – ele sussurrou com os lábios na minha bochecha.
Jeremy:
Como nós estamos?
Desesperados.
As renas estão agitadas por sentirem a presença do Claus e eu to desesperado por Sophie, Fierenzie já está bem e agora está farejando o rastro de Sophie, assim que ele voltar nós vamos partir
Rudolph? Você está bem? – Dancer perguntou para uma rena dos cabelos pretos.
— Estamos ficando sem tempo. – ele respondeu.
— Ele tem razão. Temos menos de meia hora! – Donder reforçou.
— Achei o rastro dela, ela está no mesmo lugar que o Claus – Firenzie chegou correndo através das arvores.
— Então vamos – eu disse
— Antes tenho que te dar uma coisa. – Prancer disse mexendo no saco de presentes — Aqui, pegue... Isso pertence a você.
Eu peguei o embrulho das mãos dele e abri, lá continha meu arco e flecha e uma flecha prateada élfica e um papel com os dizeres “só pronuncie essas palavras no momento crucial”
— Obrigada Prancer – eu agradeci. — Vamos não temos tempo!
— Eu levo a todos – Firenzie disse criando um tornado de neve para nos levar ao lugar certo e em segundos chegamos no castelo negro. — Vamos fazer assim, Prancer vocês pagam o Claus – ele apontou com o focinho para as renas. — Mas o Donder vem com a gente para ajudar a tirar a Sophie rápido daqui, a energia vital dela esta sendo sugada.
Todos nós concordamos e saímos correndo, as renas desceram em direção ao calabouço e Firenzie, Donder e eu subimos para os quartos, seguimos para o quarto com o maior teor de miasma e quando o abrimos encontramos Sophie no colo de um cara que estava com os lábios em seu pescoço enquanto um filete de sangue escorria do pescoço dela, os braços dela estavam moles caídos pela lateral do corpo.
Nessa hora eu enxerguei vermelho eu precisava tirar Sophie dos braços dele. Corri e puxei ela dos braços daquele ser que foi pego de surpresa, mas em seguida me olhou com ódio corri e entreguei Sophie para Donder.   
— Leve-a daqui Donder
Firenzie pulou por mim e atacou o monstro que quase levara a vida de Sophie e Donder correu dali com ela nos braços. Escutei o ganido sofrido de Firenzie e me voltei para ver o que estava acontecendo, o Lobo estava atracado com o demônio. Que estava prestes a quebrar a mandíbula do lobo quando eu corri e chutei as costelas dele. Ele se voltou pra mim e eu rolei para trás, ele lançou dardos negros em mim e eu escapei por pouco, então eu reconheci os dardos, foram os mesmo que atingiram o ombro de Sophie, minha raiva daquele ser aumentou. Era a segunda vez  que ele quase tirou a vida dela,  eu tirei a única flecha que estava na minha aljava, e fiz a mira no movimento mais rápido que pude, enquanto o monstro se impulsionava para me atacar eu lancei a flecha.
— Atarion Siren Azala Seorin Neither Aurium – eu disse as palavras que estava no bilhete e quanto a flecha atingiu-o no peito a flecha explodiu em luz me cegando por um momento e quando a luz se foi eu não vi mais ninguém no quarto, só eu e o lobo ferido ficamos ali.  Após um segundo eu corri em direção a porta. Sophie tinha que estar viva.
— Sophie... – Donder me passou ela que estava com a respiração — Ai meu deus o que eu faço?
— Eu posso ajudar! – Claus vinha caminhando com Vixen lhe dando apoio. — Vocês tem que voltar pra casa, lá os venenos são amenizadas e Sanmvia tinha me predito o que aconteceria e me deu este vidrinho para podermos medicar a menina, vamos não temos tempo!
E como um déjà vu eu me encontrei desesperado num trenó ao lado de Claus me dirigindo para casa de Sophie com ela em meus braços a beira da morte, mas dessa vez ela não estava delirando, ela estava quase morrendo. Quando chegamos em casa todos entraram, as renas em forma humana, Claus e Firenzie, sentei com ela em meus braços e Dancer me ajudou a medica-la, seu batimentos estavam muito fracos e eu comecei a chorar, eu não queria perde-la, depois daquele beijo que eu dei nela eu me restringi por aqui ser mais velho que ela, não sei como ela se sente em relação a mim então eu não demonstrava todo o carinho que eu queria dar a ela.
O coração dela parou.
E o meu também, eu não estava preparado para perde-la, eu não conseguia nem falar, só chorar. Donder me encarava percebendo o que aconteceu e Prancer veio até a mim, seus olhos estavam distantes.
— Ela não morreu! Confie em mim.
— Confie nele, Prancer tem sensibilidade maior que a dos outros em relação aos seres vivos. – Vixen me disse...
— Ela não morreu. – Prancer se aproximou e encostou as mãos nos meus olhos e apertou e soltou e eu pude ver uma versão espectral de Sophie a coisa mais linda que já vi, ela estava flutuando sobre o corpo dela, mas ela ainda estava presa ao seu corpo por um fio que aos que aos poucos ia ficando mais forte e o seu espectro ia voltando para seu corpo, eu chorei mais ainda era o melhor presente de natal que eu estava ganhando.
— Muito obrigada – a todos vocês.
— E eu acho que ta na hora da gente ir embora entregar o resto dos presentes, graças a deus que o fuso horário dos mundos são completamente diferentes. E por favor né, vamos deixar o casal a sós. – Vixen ria — Vamos, vamos, vamos – ela ia enxotando todo mundo q quando saiu colocou a cabeça pra dentro de novo — Caso desista dela bonitão, sabe onde me encontrar.
— Viiiiixeeeeen – ouvi a Prancer e Donder gritando-a e com um impulso ela foi arrancada da porta rindo.
Sozinhos, eu levei a Sophie pra cama e deitei ao lado dela observando sua alma voltar para seu corpo enquanto lagrimas escorriam do meu rosto.
Sophie:
Eu estava flutuando – não me pergunte porque eu não sei como isso aconteceu – só lembro de um cara me bater e me morder, mas agora vejo Jeremy chorar deitado ao lado do meu corpo.
Pera eu morri?
Eu nem consegui falar para o Jeremy que o amava?
Senti meus olhos cheios de lagrimas, mas um peso me puxou pra baixo. Agora está tudo escuro e eu só sinto dor.
Abri os olhos ofegando e tossindo e senti dois braços me puxando e eu gritei me debati, eu não quero morrer nas mãos daquele homem.
— Shiii, Shiiii – Eu ouvi a voz de Jeremy e então encontrei os olhos azuis dele me fitando cheios de lagrimas, deixei ele me puxar num abraço e choramos juntos — Eu te amo Sophie, por favor, não me assuste mais desse jeito. – ele puxou meu rosto e me deu um beijo como ele nunca havia feito.
— Eu também te amo Jeremy – eu segurava o rosto dele nas minhas mãos — Não espere até o próximo natal para me dizer isso novamente.
— Você não vai passar mais nenhum dia sem ouvir isso. – ele voltou a me beijar.
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Jeremy passou esse natal com a minha família e comigo, então pude apresentar ele como meu namorado e como no outro natal ele me deu um livro, o titulo era maravilhoso, e graças a deus não me levou a lugar nenhum, mas eu tenho uma leve impressão que isso ainda não acabou...
Bom mais isso seria outra história, por hora eu apenas vou ficar aqui no sofá de casa abraçando a “loirisse” de Jeremy enquanto fazemos sessão O Senhor dos Anéis.

Até uma próxima.