Fomos separadas em grupos eu estava em um grupo de mais ou menos umas 15 garotas, mas pediram para mim e Luci fazermos compras na mercearia ali perto para poder fazer os doces para festa.
Sim... Eu e Luci fomos designadas para fazer doces... Eles não sabem o perigo que correm de não ter nada na hora da festa afinal somos maníacas por doces e um dia vamos morrer de diabetes ou overdose de açúcar.
Eu e Luci caminhávamos pela praça que tinha ali perto junto com a madre, pois não sabíamos o caminho já que éramos novatas naquele lugar. Ao chegarmos à mercearia ela nos pediu que fôssemos na frente para que ela pudesse terminar os assuntos que tinha pra tratar com o diretor do Instituto McCoy. Enquanto ela se afastava comecei a ler a lista de compras e me distrai, mas ouvia a voz de Luci ao longe falando muito rápido e sem respirar direito.
— Meg... Meg... MEGAN VOCÊ ESTÁ ME OUVINDO MULHER? – Luci me olhava indignada, pois eu não estava dando atenção á ela.
— Oi Luci? – despertei do transe que a leitura tinha me colocado — Desculpa Lu não estava te ouvindo.
— Eu percebi. – Ela me respondeu com as mãos apoiadas na cintura me encarando com desaprovação.
— Não faz essa cara... Já pedi desculpa... O que aconteceu? – Perguntei para tentar acalma-la
— Tava falando de uns garotos que estavam olhando pra cá... Tava tentando ser discreta, mas tive que chamar sua atenção sabe... – Ela me olhava como se eu tivesse estragado seu plano de dominação mundial.
— Desculpa... – Pedi me sentindo sem graça.
—Não precisa pedir desculpa Megan. – Ela me disse rindo
— Tudo bem... Mas cadê o motivo de todo esse alvoroço? – Perguntei.
Luci olhou em volta.
— Vish eles sumiram.
Olhei para ela com cara de "não acredito que você me desconcentrou por nada amada Luci" e ela riu pra mim...
— Okay Luci vamos às compras... – Disse rindo — Temos muito que fazer ainda!
Peguei ela pela mão e comecei a caminhar em busca dos corredores de doces. Achamos rápido graças ao meu "faro" pra doces!
— Nossa Meg você nunca erra onde estão os doces. – Ela me olhava rindo.
— Ta ai uma coisa que eu nunca vou errar... – Disse calma — Doces nunca vão me escapar desapercebidos.
Começamos a pegar as coisas da lista eram quantidades sempre enormes, pois era uma festa para muita gente e não sei se vamos dar conta de tudo sozinhas... Acho que já entendi o porquê as meninas nos mandaram fazer as compras... Seria o trabalho pesado que elas não queriam. Mas fomos pegando coisa por coisa sem problema nenhum estamos acostumadas com essas coisas.
Sempre fomos excluídas e preferimos assim.
Era estranho pra quem nos via. Uma ruiva baixinha, delicada e magrinha e uma morena grande (perto de Luci sou grande) com um corte de cabelo doido. A otome e a roqueira. Meio estranho pra quem vê. Mas a gente se ama.
Fomos em direção das latas de leite condensado.
— São quantas latas de leite condensado? – Luci me perguntou curiosa.
— Muitas. – Eu dei risada. — Umas 60... Vamos ter que pegar mais um carrinho ou mais...
— Tudo bem... Vou pegar o outro carrinho. – ela foi e em um estante estava do meu lado novamente.
— Como você foi rápida – Disse surpresa com a velocidade dela.
— Sou ninja. E por um acaso no caminho vi o grupo de garotos de novo Meg.
— São quantos? – Perguntei curiosa.
— Quatro ao todo. – Ela respondeu num tom malicioso
— Dois pra cada Lu. – Falei piscando para ela enquanto a mesma caia na gargalhada.
Rimos um pouco alto de mais e quando percebemos tivemos que segurar o riso, mas não estava adiantando muito. Afinal co nós duas nunca adiantava segurar o riso, sempre dava o efeito contrario.
— Para de rir Meg quanto mais você rir eu vou rir... Sua risada é muito gostosa. – Luci disse massageando as bochechas doloridas.
— Ok.... Vou tenta . – Eu tentava me controlar olhando a prateleira — Temos um problema. – Disse olhando para cima.
— Qual? – Ela me olhou confusa.
— Não alcanço as duas ultimas latas... As que faltam pra completar 60.
— Nossa pegamos todo leite condensado do mercado? – Ela ficou surpresa.
— Sim! Vamos ficar gordas... Eu que já sou gorda então vou explodir – Disse deprimida.
— Você não é gorda... É grande. – Ela me repreendeu — Nem barriga você tem!
— Ok se você está falando! – Sorri pra ela.
— Meg como a gente vai pegar as latas? Você não alcança e é maior que eu! – Ela disse olhando para as latas junto comigo.
— É uma boa pergunta Lu... - Fiquei na ponta dos pés, mas nem os anos de balé me ajudaram. — É... Nem isso ajudou... – Fiz beicinho.
— Posso ajudar? – Uma voz masculina perguntou — Acho que eu alcanço suas latas.